Quando a AIDS surgiu em 1981, o uso da camisinha se tornou a palavra de ordem para toda uma geração. Se antes andar com uma camisinha na carteira ou até mesmo no bolso era um sinal de virilidade ou até mesmo que você iria se dar bem, ainda que todos soubessem que aquela camisinha continuaria ali, ainda que você acabasse por compartilhar um sexo casual ou não. Toda essa magia que estava por trás da camisinha, acabou dando lugar a uma preocupação com a saúde e acabou também derrubando alguns conceitos, como a de que só os homens portavam o objeto que era um simbolo de masculinidade. Desde então, as mulheres começaram também a portar camisinhas em suas bolsas. Foi um verdadeiro boom!! O uso da camisinha passava a ser obrigatório nas relações e como tudo no nosso país acaba gerando boas piadas, o uso da camisinha passou a ser considerado chupar a bala com o papel. Humor negro? Com o passar dos anos, vimos que a coisa era bem mais séria e preocupante. A AIDS foi matando aos montes, instalou-se o pânico e passou-se a buscar as alternativas. O mundo não era mais o mesmo, as relações não eram mais as mesmas. Os tabus caíam diante da necessidade de sobrevivência e novos conceitos foram surgindo. O vírus chegava não somente às relações casuais, os casamentos foram desfeitos, esposas contaminadas, a peste gay passou a ser uma preocupação para os heteros, o caos era geral. No próximo post, as perdas e danos causados pelo virus HIV.
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