MEU RECADO - A GERAÇÃO CAMISINHA COMPLETA 30 ANOS - PARTE 3 - FINAL -

Quando completou 10 anos, na década de 90, a AIDS já havia feito muito estrago na vida da humanidade. Ali completava uma década de trevas e os avanços começaram a aparecer, mas ainda existiam muitas dúvidas e indagações. No inicio dos anos 2000, a convivência com o vírus HIV chegava aos 20 anos, com todos os avanços possíveis colocados em prática e com o controle da doença tido como uma realidade. O tratamento era a parte mais importante para os portadores. O Brasil é um país pioneiro e modelo, no que diz a esse tratamento, distribuindo gratuitamente os medicamentos que fazem parte do coquetel, e teoricamente cuidando bem dos seus pacientes. O desafio agora era a questão da prevenção, já que a AIDS há muito tempo havia deixado os guetos homossexuais, para fazer parte do dia a dia das familias de bem. Nessa leva, maridos que traíam suas esposas começaram a trazer o vírus para o seio de suas famílias. Adolescentes, que cada vez mais cedo, começam a ter uma vida sexual ativa, passaram a ser alvo de campanhas preventivas. E bem mais tarde, até a turma da terceira idade, que ainda dão os seus "pulinhos", passaram a preocupar autoridades e profissionais da área de saúde. Hoje, 30 anos depois, a AIDS continua sendo uma grande preocupação. As noticias de avanços das pesquisas, o surgimento da vacina e a preocupação dos meios de contato e prevenções continuam fazendo parte do cotidiano de todos nós. O uso da camisinha tornou-se prática corriqueira nos relacionamentos, pois todo cuidado é pouco. Infelizmente, as pessoas continuam se infectando, umas por pura falta de cuidado e outras por confiarem em seus parceiros que acabam não se cuidando e trazendo o vírus para a relação. A promiscuidade corre solta e o ideal seria que tivessemos relações monogâmicas e que a cada dia as pessoas se conscientizassem que o vírus é uma realidade e que a AIDS realmente, apesar do controle, não tem cura.